RPM Quatro Coiotes(1988)

4 COIOTES
Internamente, RPM vivía un clima tenso, con todo el suceso logrado con el último disco. Las peleas comenzaron después de la gran inversión de RPM en la grabadora Revoluções discos, sello propio que no dio cierto y acabo inundando los integrantes en deudas y peleas. El sello lanzo una única banda Cabine C, con o LP "Fósforos de Oxford, grabado en excelentes estudios y con tapas y encartes lujosos, las ventas de este disco de Cabine C, fueron un fracaso y la tensión aumentaba.

La banda, también no se entendía cuanto a las músicas que deberían ser incluidas en el nuevo disco de la banda, en cuanto Paulo Ricardo, Fernando Deluqui y Paulo P.A. Pagni querían un disco mas pesado, Luiz Schiavon quería seguir una línea mas para el funk, con batidas, muchos teclados y efectos que sus potentes teclados permitían esa posibilidad. Quedo definido que RPM haría un disco doble con mitad de un disco para cada integrante de la banda, lo equivalente a 5 o 6 músicas para cada uno.


El problema estaría resuelto, pero en la división de las músicas no hubo entendimiento y algunos irían a salir perdiendo. Con todos esos problemas el fin de la banda se dio en agosto de 1987. Paulo Ricardo haría un disco solo, Luiz Schiavon también haria el suyo y Fernando Deluqui y Paulo P.A. Pagni un disco en dupla.
Paulo Ricardo e Luiz Schiavon comenzaron a aproximarse y resuelven hacer un disco en dupla, la grabadora invita los cuatro para una reunión y hace una propuesta con muchos privilegios para su vuelta. Dentro de las preferencias propuestas estaba un mes de permanencia en Búzios para la pre producción del nuevo disco, elección del productor, masterización en Los Ángeles. RPM acepta y la banda está de vuelta. En abril de 1988 sale el disco 4 Coiotes.


Los tiempos, ahora, son otros. La caida del “Plano Cruzado” y el cambio
de comportamiento de la banda RPM (pisando el terreno de las drogas, torrando dinero de manera indiscriminada y el fuerte desmoronamiento de las estructuras internas del grupo) llevan todo a las ruinas, bien rápido. La fuerza del rock dentro de la indústria fonográfica nacional se cae junto com aquella banda que sabia combinar como nadie versos politizados, virtuosidad instrumental, sensualidad explícita e contagiantes batidas entre el tecnopop y la new wave.
El grupo moría antes del cambio de década, en febrero de 1989, en el Dalma Xok, en San Pablo, palco del último show.
Está abierto, entonces, el camino para una sucesión de ondas como la lambada, el sertanejo, el pagode y el axé..

Letras

QUATRO COIOTES
(Paulo Ricardo / Luiz Schiavon / Fernando Deluqui)

Quatro coiotes no quarto de dormir vigiam sua inocência
O mar tem um cheiro forte, lá longe, ao norte, estrelas cadentes
Frias estrelas cometem tais crimes. Sua inocência é minha
O sono é leve para os animais do deserto
Os caminhantes noturnos
Os andarilhos nômades
O pequeno pássaro retorna
Ao ninho das cobras
Serpenteiam frios suores
Provocando arrepios de medo e prazer
As dunas de um deserto de loucura e de pavor
Andando os pés em brasa pela cauda do dragão
As duas da manhã a lua uiva de paixão
E nuas odaliscas me declaram seu amor
A brisa não é nada
Os gritos estão longe os garotos na praia
E a areia penetra em cada fresta nos olhos
Ouço um choro de criança
As ruas da cidade são canais de pedra e pó
Venezas afundando em oceanos de cerveja
Belezas flutuando ao ritmo lento das marés
Milhares de mulheres, ócio e ópio nos cafés...

A DÁLIA NEGRA
(Paulo Ricardo / Luiz Schiavon / P.A.)

Ela era a rainha da noite sua corte, seus servos eunucos
Ela era a eleita dos deuses, e das deusas da devassidão
Enquanto espero
Enquanto ela quer
Meus olhos comem essa mulher
Sua boca vermelha escondida uma língua com mil intenções
Num rostinho perfeito de anjo
Provocando incuráveis paixões
Enquanto eu penso em Humphey Bogart
Enquanto eu...
Essa mulher
Enquanto eu espero, enquanto ela quer
Meus olhos, meus olhos essa mulher
Ela era a rainha na cama generosa nascente do amor
Quase rouca a rainha me chama obediente soldado , eu vou
Ela era a rainha vadia, indefesa era como uma flor
Atendendo a um cliente outro dia
Nunca mais nossa dália voltou

UM CASO DE AMOR ASSIM
(Paulo Ricardo / P.A. / Fernando Deluqui)

Um caso de amor assim
Uma noite
Parece chegar ao fim como amanhece
E o sol vem beijar seus lábios em silêncio
Esse mistério em você
Que me fascina e eu procuro entender
Mas quando digo seu nome ninguém parece querer responder
Um caso de amor assim
Uma noite parece trazer em si
Mais surpresas e revelar mais segredos
Em sutilezas distância é essa...
Dor
Esse mistério em você
Que me fascina eu procuro entender
Mas quando digo seu nome ninguém parece querer responder
Um caso de amor
Uma noite
Eu sei que chegou ao fim
Adeus...
E todo amor que eu tinha e era seu
Pra sempre ele é seu...

PONTO DE FUGA
(Paulo Ricardo / Fernando Deluqui / Luiz Schiavon / Péricles Cavalcante)

Beija flor em alto vôo
Um condor sugando a flor Perdido nessa confusão
De céu e chão
Sem horizonte claro eu vou
Coração em rotação...Atenção
Na contramão
Projeto pra conciliar deserto e mar
Areia é o lugar onde estou
Perdido nessa confusão de céu e chão
Sem horizonte claro eu vou
Coração em rotação
Atenção na contramão
Projeto pra conciliar deserto e mar
Areia é o lugar onde estou

PARTNERS
(Paulo Ricardo / P.A. / Luiz Schiavon)

Eu pensei em tanto pra dizer
Enquanto esperei pela chegada triunfal dessa deusa
Eu zanzei fiquei por aí sem ninguém
Morri de saudades desse momento
Eu andei tão sozinho
Por tanto tempo
Por tanto tempo só
Eu nem sei se devo confessar
Um certo segredo
Uma vontade que dá de repente e quando se sente
Não dá pra esconder, não que é você
Morri de saudades desse momento
Eu andei tão sozinho, tão só
Por tanto tempo, tanto tempo
Morri de saudades desse momento
Eu andei tão sozinho
Por tanto tempo
Tanto tempo...

ESTRATÉGIA DO CAOS
(Paulo Ricardo / Fernando Deluqui / Luiz Schiavon)

A superfície aparente do olhar
Esconde um mar de lágrimas e estórias
De onde sereias parecem chamar
Há no ar, num ato qualquer
Um certo temor
Num segundo passa por nós talvez o amor
No pensamento em cavernas sem luz
Morcegos vêm e voam entre gritos
Antecipando a estratégia do caos
Há no ar, um ato qualquer um certo temor
Num segundo passa por nós talvez, o amor
Feito um pôr de sol em mim
Feito a vida chegando ao fim
Há um fim?

SETE MARES
(Paulo Ricardo / P.A. / Fernando Deluqui)

Lendo nuvens lento movimento e tu vens
Vens de vidas já vividas ouço o mar
Contar fábulas de marinheiros
Brigas e bebida farta
Antes que o navio parta outra vez olha o céu
Enquanto a chuva coloca o seu véu
Sobre a flor da nossa idade
Vem o sol, em arcos
Íris de divinos olhos vives através do tempo
Lento movimento em torno de nós
Sim...
Existe um mundo de lembranças
Onde dança louca a vida e vai
Atrás de um par atrás de alguém
De alguém
Lendo mãos, linda
Tua boca me revela
Ouço a tua voz ainda
Nosso acordo
Não há amor no mundo todo igual
Amor de vidas já vividas infinitas vezes amor...

QUARTO PODER
(Paulo Ricardo / Luiz Schiavon)

O mundo em sua casa
Bombas no jardim
Carrinhos nas escadas
Encouraçados Pontenkin

O TEU FUTURO ESPELHA ESSA GRANDEZA
(Paulo Ricardo / P.A. / Luiz Schiavon / Fernando Deluqui)
Participação Especial: Bezerra da Silva

Nossas praias
Tem mais latas
Mais mulatas, matas virgens
Nossos desertos cada vez mais perto
Nosso destino menino a viver de chicletes
Mentex, quentlex
Aquarelas o tempo amarela
Fontes secam em silêncio
Emudecem todos os pandeiros num paciente adeus
E um garoto pobre o que é que pode?
Numa banda de rock cair no pagode
Quando rola o ronca da barriga
É um 3 oitão na mão
Aids, apartheids nas cidades...putrefatas, mal cheirosas
Tão sestrosa outrora a vida passa
Já senhora
Decadente
Nas brasílias da miséria roda sua bolsa
Como pode
Hedonistas do país
Uni-vos
Ai meu Brasil, que se perdeu
Sem conhecer um apogeu
Esses solos tão férteis
Esses campos tão meus
Quem abençoou foi Deus, foi Deus, foi Deus

SHOW IT TO ME
(Paulo Ricardo / P.A.)

In the passageways of this place
The eyes are gazed by its tortured souls
Streets full of walking bones
People's tears are like a stream
Everywhere I look I can see a falen person
In a sordid gutter
Agora!
In a city of fear a glow
Is telling me it's me and it is time to say
Let's go in this promised land
Children of the war
Come back to me
(the children with the guns)
So let's go, while we're still surviving
While the days still shine for me
I can't tell those images of horror
I could never say that
It should be
Easier to me
It should be
Show it to me!
While the two of us are still on the streets
Then, in the sun i see
I can see a miracle It's so intense
Im my dreams I've seen your face
Im my dreams I've seen your face
In my dreams I've your face...
Im my dreams...

Comentarios